• 25 outubro 2018

IMUNIDADE DE REBANHO: entenda por que os cientistas não confiam nela

Pessoas ao redor do mundo estão sendo vacinadas, o isolamento social vem se afrouxando em muitos lugares e a pergunta que muitos estão fazendo é: até quando a pandemia vai durar? Muitos pensavam que assim que muitas pessoas fossem imunizadas contra a COVID-19, a imunidade de rebanho iria prevenir a transmissão, barrando a propagação do vírus e dando fim à pandemia.

Infelizmente, esse é um cenário muito distante da nossa realidade atual e os cientistas citam alguns motivos para acreditar nisso. 

Em primeiro lugar, o movimento anti-vacinas e o medo causado por fake news faz com que muitas pessoas escolham não se vacinar. Ainda existem pessoas que se negam a se imunizar com a vacina disponível no momento. É estimado que uma população necessite estar 70% imunizada para que haja uma redução considerável da transmissão da doença. 

Ainda não se sabe se as vacinas podem reduzir a transmissão

As vacinas disponíveis no Brasil são muito eficazes contra o desenvolvimento de sintomas graves da COVID-19, no entanto, ainda não está claro se elas previnem a transmissão do vírus. A imunidade de rebanho só é relevante quando a vacina bloqueia a transmissão do patógeno. 

O surgimento de novas variantes é uma ameaça ao fim da pandemia

Quanto mais tempo um vírus circula por uma população, mais pessoas irão se infectar e maiores são as chances de ele sofrer uma mutação que resulta no surgimento de novas variantes desse mesmo vírus.

É o que aconteceu em Manaus. Cientistas estimaram que mais de 60% das pessoas foram infectadas com o coronavírus, o que seria suficiente para conferir imunidade de rebanho na população da cidade. Mas com o surgimento de uma nova variante os casos voltaram a subir consideravelmente 

Pode ser que a imunidade não dure para sempre

Ainda não sabemos quanto tempo a imunidade contra a COVID-19 dura, nem em relação à vacinação ou à infecção pelo vírus. É importante também levar em consideração que nenhuma vacina é 100% eficaz. 

É possível que a COVID-19 se torne parecida com a gripe neste aspecto, onde a população deve se vacinar todos os anos, por exemplo. 

A vacinação muda o comportamento da população

A vacinação em massa de uma população pode fazer com que as pessoas deixem de lado alguns cuidados como o uso de máscara e o isolamento social. As interações sociais aumentam e as precauções diminuem, levando novamente ao aumento da transmissão e surgimento de novas cepas.

Qual é a perspectiva atual em relação à pandemia?

O cenário não é dos mais positivos e é provável que a pandemia não acabe tão cedo. Alguns cientistas acreditam que o vírus pode se tornar endêmico, assim como a dengue e a febre amarela, doenças que provocam surtos eventuais em uma população. 

Caso isso aconteça, pode ser que a vacinação contra a COVID-19  entre definitivamente para o calendário de vacinação e as doses sejam aplicadas de tempos em tempos, assim como acontece com a vacina da gripe.

Ainda é muito cedo para prever qualquer cenário, mas ao que tudo indica, ainda demorará um tempo para as coisas voltarem ao normal.

Continue se protegendo! 

Sermege - Há 35 anos cuidando da sua saúde

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