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  • 25 outubro 2018

Mamografia & Ultrassom das Mamas: quando e qual fazer?

O #OutubroRosa chega recheado de campanhas de conscientização sobre o câncer de mama e a importância de seu diagnóstico precoce – que aumenta em até 95% as chances de cura – mas você sabe o que realmente é efetivo? O autoexame, o breast awareness, a mamografia ou o ultrassom de mama? Saiba em quais situações cada estratégia deve ser utilizada:

AUTOEXAME OU BREAST AWARENESS?

A forma de diagnóstico precoce que mais se fala sobre é o AUTOEXAME. Ele surgiu nos Estados Unidos, na década de 50. No entanto, estudos demonstraram que essa estratégia não diminui a mortalidade. Agora, a nova estratégia é o BREAST AWARENESS. Esse termo em inglês tem sido disseminado em países do mundo todo, e significa: ter consciência sobre a própria mama. Identificar mudanças que representam sinais ou sintomas do Câncer de Mama só é possível caso você conheça os próprios seios.

E como você pode fazer isso? Através dos três seguintes passos: TOQUE (em qualquer momento em que se sentir confortável, como durante o banho banha, ou quando troca de roupa, toque as suas mamas procurando por algum sinal de caroço, nódulo ou massa e esteja familiarizada com como ela é), OLHE (em frente ao espelho, fique atenta ao formato e tamanho das suas mamas, e a sinais como vermelhidão ou mudanças na textura da pele e mamilos), e VERIFIQUE (caso note alguma mudança, se consultar com um médico é essencial).

Dessa forma, a estratégia de checar regularmente as próprias mamas só é eficaz caso um médico seja consultado e os exames diagnósticos sejam realizados ao encontrar alguma alteração. Essa técnica também não substitui a necessidade de dois exames periódicos essenciais: a mamografia e o ultrassom das mama.

MAMOGRAFIA

– Quando devo fazer?

Se você é mulher, entre os 50 e 69 anos de idade, sem sinais ou sintomas de câncer nas mamas, deve realizar a mamografia de rastreamento, ao menos a cada dois anos. É o que recomenda o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Antes disso, os médicos recomendam apenas que a primeira mamografia seja feita entre os 35 e 40 anos, para que essa avaliação sirva de base para os exames futuros. Assim, sempre que for realizar o exame, é importante levar os anteriores, para que o técnico radiologista compare as imagens (isso reduz na metade as chances de um resultado falso-positivo).

– Mas no que consiste?

Existem dois tipos de mamografia, a de rastreamento e a de diagnóstico. A mamografia de rastreamento é a feita em mulheres assintomáticas, onde são tiradas duas imagens de cada mama, em dois ângulos diferentes. A de diagnóstico é feita nas mulheres que apresentam sintomas, alterações na mamografia de rastreamento ou para avaliar mulheres durante o tratamento, pois inclui mais imagens.

Essas fotos são tiradas através de um aparelho de raio X específico, que examina apenas o tecido mamário e emite doses mais baixas de radiação, quando comparado a um aparelho comum. Duas placas comprimem a mama, para que o tecido fique mais distribuído e facilite a captura das imagens. É um exame seguro mesmo durante a gravidez, mas em caso de suspeita o médico e o técnico do raio X deverá ser informado, pois não é um exame realizado de forma rotineira durante a gestação.

– O que é diagnosticado?

A mamografia é capaz de identificar alterações patológicas no tecido mamário, como micro e macrocalcificações, massas, massas sólidas, cistos, espessamento da pele e do mamilo, retração do mamilo e regiões com alterações de densidade e estrutura. Mas nem todos esses achados são preocupantes: os cistos são estruturas cheias de líquido, e as macrocalcificações são comuns após os 50 anos, então ambos são benignos.

Também é avaliada a densidade das mamas, pois mamas mais densas estão associadas à um maior risco de desenvolvimento de câncer. Essa densidade é uma comparação entre a quantidade de tecido fibroso e glandular, e o tecido adiposo (formado por gordura).

– Quais são os resultados?

Existem 7 resultados possíveis liberados no laudo, de acordo com o sistema BI-RADS (Breast Image Reporting and Data System), onde os números representam: 0 (inconclusivo, necessitando mais exames), 1 (normal), 2 (alterações benignas), 3 (provavelmente benigno, controle precoce é recomendado, onde o próximo exame deve ser realizado em 6 meses), 4 (lesão suspeita de câncer, necessário biópsia), 5 (lesão altamente suspeita de câncer, necessário biópsia) e 6 (lesão com diagnóstico de câncer, iniciar tratamento).

– O que são resultados falso-negativos e falso-positivos?

É uma das principais limitações da mamografia. Os resultados falso-negativos são aqueles onde, o resultado aparece como normal, mesmo quando o câncer está presente, ocorrendo principalmente em mulheres com mamas mais densas. Nas mamografias de rastreamento, isso ocorre em 1 a cada 5 mulheres com câncer.

Já o resultado falso-positivo é o contrário: o resultado é positivo para câncer de mama, mas não há nenhum câncer presente. Quase metade das mulheres que realizam as mamografias de forma rotineira tem um resultado falso-positivo. E é devido a isso que em casos de suspeitas, exames adicionais são pedidos, como a mamografia de diagnóstico, ultrassom da mama, ressonância magnética e a biópsia.

ULTRASSOM DAS MAMAS

Ao contrário da mamografia, a indicação para a realização do ultrassom das mamas é cedo: a partir dos 25 anos, para mulheres assintomáticas. É um ultrassom comum, não emite radiação, pois é feito através de um equipamento que emite ondas sonoras de alta frequência para gerar a imagem ao vivo na tela do computador. O mesmo utilizado no ultrassom de grávidas para ver o bebê.

Ele é útil principalmente para os casos de mulheres com mamas densas, para diferenciar cistos de massas sólidas e como guia para a biópsia da mama.


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Fonte:
– Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), INCA (Instituto Nacional de Câncer), Breast Cancer Foundation NZ, American Cancer Society e Hospital Albert Einstein.

ESCRITO POR:
Hospital Central - Sermege

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