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- 25 outubro 2018
Por que você deveria se vacinar contra HPV?
Mais da metade dos jovens brasileiros, de 16 à 25 anos de idade, estão infectados com o Papilomavírus Humano (HPV) – o famoso causador do Câncer de Colo do Útero – principalmente na nossa região, o nordeste do país. E o pior: a cada 10 jovens com HPV, cerca de 4 possuem alto risco de desenvolver câncer, e não sabem disso.
É o que diz o estudo POP-Brasil, sobre a prevalência do HPV no país, realizado pelo Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre) em parceria com universidades federais e o Ministério da Saúde. Foram analisados, no total, 2.669 jovens das capitais de todos os estados.
MAS, QUE BICHO É ESSE?
O HPV, sigla em inglês para PAPILOMAVÍRUS HUMANO, como o nome já dá a dica, é um vírus que gera papilomas, ou seja, tumores benignos em forma de papilas ou verrugas. Ele é capaz de infectar a pele e as mucosas, partes úmidas do nosso corpo, como a boca, garganta, ânus, vagina, vulva (região íntima externa), pênis e pelo o que é mais conhecido: o colo do útero. Mas não existe apenas um tipo de HPV, e sim mais de 150! Entre eles, 40 tipos infectam a região genital e são oncogênicos (desenvolvem cânceres e tumores).
Dessa forma, eles são identificados através de números e podem ser classificados quanto ao risco de induzirem um câncer: são 12 os de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59). Especificamente, os do tipo 16 e 18 estão associados a 70% dos casos de câncer de colo do útero, 90% de ânus, 60% de vagina e 50% de vulva, no mundo. Já os do tipo 6 e 11 são os mais encontrados nas verrugas da região genital e da garganta, mas geralmente são benignos.
E COMO PEGA?
Muitas pessoas acreditam que a transmissão ocorre apenas pelas relações sexuais, mas não é bem assim. O vírus pode ser transmitido através de qualquer situação onde haja contato direto entre uma pele ou mucosa sadia e uma pele ou mucosa infectada. Inclusive durante o parto, a mãe pode transmitir a doença para o filho.
Não há estudos que comprovem a transmissão através de objetos, piscina, roupas íntimas ou vaso sanitário compartilhado e não ocorre transmissão pelo contato com sangue ou outros fluídos corporais da pessoa infectada. Mas, pega a visão: a mão, ao entrar em contato com um genital e depois o outro, pode sim transmitir o vírus. E também a boca, os cânceres de boca e garganta são o 6º mais prevalentes no mundo.
COMO TANTA GENTE NÃO SABE QUE TEM HPV?
É simples: a maior parte dos casos, tanto em homens quanto em mulheres, é ASSINTOMÁTICO, ou seja, não apresenta nenhum sinal ou sintoma. E em 90% da população infectada, o próprio organismo elimina o vírus dentro de um período de 2 anos. Entretanto, alguns tipos, como falamos anteriormente, causam verrugas que podem aparecer em semanas ou meses após o contato com uma pessoa infectada com HPV. Essas verrugas surgem em diversos formatos: pequenas, grandes, planas, proeminentes ou parecidas ao que lembra uma couve-flor.
São as verrugas que viram um câncer? Não. Na verdade, é raro que uma verruga, considerada benigna, evolua para um câncer. Mas com o tempo, o vírus causa alterações no DNA das células da região da pele e mucosas, o que pode levar ao desenvolvimento do câncer no futuro.
A MELHOR FORMA DE PREVENÇÃO? SE VACINAR!
No SUS, meninas de 9 à 14 anos e meninos de 11 à 14 recebem duas doses da vacina de forma gratuita, a segunda sendo 6 meses após a primeira. Para eles, o tipo recomendado é a QUADRIVALENTE, pois protege contra as 4 cepas mais comuns: 6, 11, 16 e 18. Essa é a faixa etária que mais apresenta benefícios da vacinação contra o HPV, por produzirem mais anticorpos e terem sido menos expostos ao vírus (geralmente ainda não iniciaram a vida sexual).
Também de forma gratuita, homens e mulheres entre os 9 e 26 anos, que tem HIV/AIDS, também podem ser vacinados, e transplantados (órgãos, medula óssea) e pacientes com outros tipos de câncer. Até mesmo pessoas que já tiveram diagnóstico de HPV podem se vacinar, pois lembre-se que existem diversos tipos desse vírus!
NÃO ME ENQUADRO NESSA FAIXA ETÁRIA, E AGORA?
Para homens e mulheres adultos se prevenirem da melhor forma, não basta o uso de preservativo durante as relações sexuais, pois, principalmente a camisinha masculina, não protege toda a área genital da mulher. O mais aconselhado é o acompanhamento médico e realização dos exames preventivos de rotina: como o Papanicolau (essencial para detectar células anormais no colo do útero, pré-cancerosas ou cancerosas) e o Teste de Schiller (identifica áreas com lesões no colo do útero, mas é menos utilizado), no caso das mulheres.
E para os homens, o exame preventivo e de diagnóstico é a peniscopia, realizado por um urologista. Existem também exames específicos para diagnóstico de HPV, o exame de Captura Híbrida e o PCR, que são mais precisos, pois são capazes de identificar se as células estão infectadas com o vírus. Aqui no Sermege você pode contar com o atendimento dos nossos excelentes médicos:
Ginecologistas – Drª Gabrielli Cunha, Dr. Hildebrando Neves e Drª Tania Oliveira;
Urologistas – Dr. Fernando Martins e Dr. Jesuino Flores
Agende já a sua consulta e exame preventivo, o HPV pode ser silencioso, mas fatal.
Sermege – Há 35 anos cuidando da sua saúde
Fonte:
– INCA Instituto Nacional de Câncer, Portal FIOCRUZ, Ministério da Saúde – Brasil e Instituto OncoGuia.