• 25 outubro 2018

Saiba tudo sobre a AIDS/HIV

Entenda por que VOCÊ precisa se prevenir contra a AIDS

Na Bahia, a maior parte das pessoas com AIDS são homens, pardos e heterossexuais. Ou seja, que se relacionam com mulheres. No mundo, mais de 37 milhões de pessoas vivem com o HIV, o vírus causador da AIDS. E cerca de 1 a cada 4 dessas pessoas, não sabem. Estamos no #DezembroVermelho, mas não é por causa do Natal. É uma campanha é voltada para a prevenção e diagnóstico precoce da doença, que são estratégias essenciais e salvam milhares de vidas, todos os anos. Quer entender melhor como se proteger? O Sermege te informa!

O QUE É AIDS?

Ter HIV não é o mesmo que ter AIDS. A AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é o estágio mais avançado da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Entretanto, uma pessoa infectada com o HIV pode passar anos sem apresentar sintomas ou desenvolver a doença em si, mas transmite o vírus para outras pessoas.

COMO SE PEGA O HIV?

O vírus é transmitido pelo contato com fluidos corporais, como o sangue, esperma, fluidos retais e vaginas e o leite materno. Então, você pode pegar HIV através do sexo vaginal/oral/anal sem camisinha, uso de seringa compartilhada (para perfurações de piercings, agulhas de tatuagens ou uso de drogas ilícitas, por exemplo), e durante a amamentação, a mãe HIV positiva pode transmitir para o bebê.

EXISTE UMA POPULAÇÃO DE RISCO?

No Brasil, no geral, a epidemia de HIV/AIDS está concentrada entre profissionais do sexo, gays e homens que fazem sexo com outros homens, transexuais, pessoas privadas de liberdade, pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas, negros, e pessoas que vivem nas ruas, estando diretamente relacionada com a classe econômica e social. Entretanto, os casos entre heterossexuais, por exemplo, também são altos, e todos precisam se prevenir.

COMO O VÍRUS AGE NO ORGANISMO?

Os vírus são seres diferentes das bactérias. Elas conseguem de reproduzir sozinhas, já os vírus precisam entrar dentro das nossas células para isso. Quando uma pessoa tem contato com o vírus HIV, ele invade as células de defesa do organismo, principalmente as chamadas linfócitos T CD4+, alteram o seu DNA e as transformam em uma máquina de fazer vírus! Quando a célula se enche, acaba se rompendo (o que a destrói), liberando os novos vírus produzidos na corrente sanguínea. Esses novos vírus criados invadem outros linfócitos, e assim comprometem todo o sistema imunológico, deixando o organismo sem defesas contra doenças.

QUAIS SÃO AS FASES E OS SINTOMAS DA DOENÇA?

FASE 1 - INFECÇÃO PRIMÁRIA (AGUDA): tem início com a infecção pelo HIV. O vírus começa a atacar as células do sistema imunológico, mas os sintomas pode demorar de 2 à 6 semanas para terem início. Esse período assintomático é chamado de período de incubação. Os sintomas se parecem muito com uma gripe ou resfriado, incluindo febre, dor de cabeça e garganta, diarreia, sudorese noturna, manchas vermelhas e erupções na pele. Há alto risco de transmissão nessa fase.

FASE 2 - INFECÇÃO LATENTE (CRÔNICA): é uma fase assintomática, onde há muita reprodução do vírus, mas ainda não enfraquece o organismo o suficiente para agravar outras doenças. Pode chegar a durar de 10 à 15 anos.

FASE 3 - INFECÇÃO SINTOMÁTICA: nessa fase, o sistema imunológico começa a perder a sua eficiência em combater as doenças, e há alta redução dos linfócitos T CD4+. Os sintomas aparecem como febre, sudorese noturna, diarreia e emagrecimento.

FASE 4 - AIDS: é o estágio mais avançado, sendo a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) em si. Nessa fase, surgem as doenças oportunistas, que se aproveitam da fraqueza do sistema imune para se desenvolver no organismo, como a tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e até mesmo cânceres. Pode incluir também distúrbios neurológicos, como a perda de memória e depressão.

COMO É REALIZADO O TRATAMENTO E A PREVENÇÃO?

A melhor forma de prevenção é o uso de preservativo durante as relações sexuais! Não compartilhar seringas, e apenas fazer tatuagens e piercings em estúdios confiáveis com uso de agulhas individuais e descartáveis é essencial. E o Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), oferece ainda duas formas de prevenção, através da terapia antirretroviral de última geração, que são medicamentos que impedem a reprodução do vírus no organismo. Nosso país foi o primeiro, entre os de renda média, a oferecerem a terapia para todas as pessoas. Após a implementação, o número de novos casos e a mortalidade pela AIDS diminuíram. Os dois tipos de antirretrovirais são os seguintes:

PEP: é a Profilaxia Pós-Exposição, e como o nome já diz, deve ser utilizada APÓS um possível contato com o vírus HIV, como em casos de violência sexual, relação sexual desprotegida e acidentes de trabalho envolvendo objetos perfurocortantes que tiveram contato com sangue. Os medicamentos devem ser tomados em até 72h após exposição, durante 28 dias.

PrEP: a Profilaxia Pré-Exposição, é o uso preventivo dos medicamentos, ANTES do possível contato com o HIV. É utilizada pela população de risco, citada anteriormente, de modo que os comprimidos são tomados todos os dias.


A AIDS é uma doença séria, com altos índices de mortalidade. Não deixe de procurar um médico em caso de suspeitas, o diagnóstico precoce e as terapias de profilaxia salvam vidas.


Sermege – Há 35 anos cuidando da sua saúde


Fonte:
– Benzaken, A. S., Pereira, G., Costa, L., Tanuri, A., Santos, A. F., & Soares, M. A. (2019). Antiretroviral treatment, government policy and economy of HIV/AIDS in Brazil: is it time for HIV cure in the country?. AIDS research and therapy, 16(1), 19. doi.org/10.1186/s12981-019-0234-2
– UNAIDS Brasil e AIDS.gov.

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